De Espanha nem bom vento nem bom casamento, mas quando se fala de comida, a história é outra. Com a crescente aposta dos restaurantes em tapas e petiscos importados do país vizinho, esta casa diferencia-se das demais pela seriedade que aplica na sua cozinha, trazendo apenas e só o que há de melhor na cozinha andaluza para a mesa dos portugueses. Num espaço requintado e intimista, chegam à mesa porções generosas para picar de clássicos ibéricos como ovos rotos, o célebre cochinillo (só por encomenda), o faisão estufado, os boquerones ou o presunto serrano. Mais a sério, a paella valenciana …

Ocupando uma área de cerca de dois mil metros quadrados, este espaço inclui três conceitos - Mundo do Peixe, Claustro Experiences e EME lounge -, dirigidos a todos os tipos de público, e pretende tornar-se numa restaurante-modelo na área da inclusão. Para isso, foram criadas ementas em braille e linguagem pictográfica. E nem só de leitão se faz a casa. Apesar de continuar a ser o ex-líbris, há também um mundo de peixe para descobrir.

O restaurante Mugasa encontra-se numa casa em Fogueira, uma aldeia situada a poucos quilómetros de Oliveira do Bairro. Trata-se de um espaço com uma decoração simples onde é possível degustar diversos pratos à base de leitão. Desde o tradicional Leitão à Bairrada, até feijoada de leitão, passando pelos incomuns iscas de leitão de cebolada e cabidela de leitão, este é sem dúvida o protagonista da casa.

No restaurante Museu da Chanfana, em Miranda do Corvo, presta-se, tal como o nome deixa antever, homenagem à gastronomia regional e a um dos pratos típicos desta região do centro do País. Mas não há só, na carta, este prato feito com cabra velha em vinho tinto, feito numa caçoila de barro. Há negalhos, a típica sopa do casamento e ainda a nabada, um doce originário do Mosteiro de Santa Maria de Semide. O Museu da Chanfana é o único local onde se pode saborear este doce conventual.

O restaurante Narcissus Fernandesii, inserido no hotel de cinco estrelas Alentejo Marmòris Hotel & Spa, em Vila Viçosa, aposta nos sabores genuínos e produtos frescos para oferecer aos seus clientes o melhor da cozinha alentejana local. O restaurante Narcissus oferece uma excelente carta de vinhos, onde os alentejanos estão em destaque.

Assume-se como a principal referência gastronómica da ilha do Pico, e não espanta que assim seja depois de uma curta observação à lista do restaurante. Aqui serve-se comida genuína dos Açores, sem truques nem pretensões, a não ser a de preservar os sabores dos alimentos. A cataplana de peixe é um desses exemplos, a espetada outro deles, se bem que a carta mude ao sabor das estações e daquilo que os pescadores conseguem capturar. Além de cozinha de excelência, de qualquer parte das duas salas há vista para o famoso canal imortalizado por Vitorino Nemésio e para a ilha do …

Espaço requintado e bem frequentado, localizado perto da praia de Leça da Palmeira, junto ao Castelo. Restaurante com especialidades em peixe e mariscos. Por encomenda pode ainda provar o cabrito assado e o arroz de cabidela. Boa garrafeira.

A história deste bairro conta-se à mesa, nos individuais que apresentam as figurais mais castiças da ria, desde a beata que sabe tudo, o taberneiro e ou peixeira. Faz sentido, tendo em conta que este restaurante é uma assumida homenagem à origem daquele que foi o primeiro bairro de Aveiro. Da cozinha surgem iguarias tradicionais com um toque de contemporaneidade, essencialmente na fusão de sabores e na apresentação original. Saiba que o shot de caldeirada de peixe é um dos ex-líbris da casa, mas há outras sugestões marítimas que não desiludem, afinal este chega todos os dias, fresquíssimo, do mercado …

O Cantinho do Tito é um restaurante acolhedor a servir pratos da cozinha regional, com destaque para o arroz de costelas em vinha d'alhos, o arroz de galo de cabidela e os filetes com migas. Em altura própria os míscaros ganham protagonismo, seja com perdiz estufada, no arroz de galo ou com carne de porco.

O restaurante O Chana, no Redondo, é uma das referências gastronómicas desta região do Alentejo, casa simples mas com sabores e receitas genuínas, fundamentadas na qualidade dos ingredientes utilizados. Simples na decoração, é generoso nas doses e na manutenção do receituário típico regional. Vale a viagem até esta casa só para provar a sopa da panela, ao domingo, o fígado de vinagrete com coentros e a sopa de tomate com todos. A não perder também o ensopado de borrego, as favas estufadas com entrecosto frito e a sericaia com ameixas.

Aberto há 34 anos, O Chanquinhas em Leça da Palmeira é um restaurante requintado, instalado numa mansão, com duas salas de refeições e um bar, onde são servidos os aperitivos. Serviço profissional e cardápio de propostas tradicionais lusas a merecer atenção. Muito boa lista de vinhos.

O restaurante O Charneco, na vila de Estômbar, é um espaço rústico e familiar. A confeção é de qualidade, baseada na cozinha típica algarvia, feita em forno a lenha e atestada por diversos prémios em concursos gastronómicos. Os carapaus alimados, o xerém, a caldeirada de peixe, bem como a feijoada de buzinas, a salada de ovas de choco e o arroz de tamboril, são as especialidades nos pratos principais. Nas sobremesas sobressaem a tarte de alfarroba, a delícia de gila e amêndoa, os Dom Rodrigos e as estrelas de figo.

Não será exagero dizer que este restaurante é um oásis no panorama gastronómico da cidade de Fátima. Primeiro pelo tipo de serviço que oferece, direcionado para clientes exigentes e, depois, pela cozinha honesta e requintada, apostada na gastronomia regional, mas com toques de modernidade que se notam, sobretudo, na apresentação dos pratos. O carré de borrego e a coxa de pato com laranja são boas opções, a par do risotto de camarão. Os menus do dia são tudo menos convencionais, reunindo as especialidades da casa a preços mais simpáticos. Boas sugestões de harmonização com a oferta de vinhos a copo.

Faz, naturalmente, justiça ao nome a localização deste espaço, moderno e amplo, nos arredores de Valença. Apresenta uma carta de pratos tradicionais, feitos com preceito e mão experiente, como o bacalhau e o polvo na brasa. Acrescentem-se as carnes regionais e certificadas, da Minhota à Cachena. Mas, a verdadeira surpresa, tendo em conta a localização (Minho) são as carnes exóticas que levam à mesa, habilmente grelhadas em carvão vegetal.

O nome vem do fuso e do lagar que estão no interior do enorme espaço, de decoração rústica, do restaurante que desde 1973 é um marco de Arruda dos Vinhos. O bacalhau assado na grelha, pincelado com azeite e alhos diretamente sobre as brasas e a costeleta de novilho grelhada são provavelmente os dois pratos emblemáticos da casa, sempre em doses consideráveis, para mais do que duas pessoas, além das abundantes entradas, com os enchidos assados em destaque. Pode ainda optar pelo cozido à Portuguesa. O vinho de pipa e os “reservas” locais devem ser opção a considerar.

Restaurante descontraído e informal, orgulha-se de ter “a melhor caldeirada de enguias do mundo” e assume essa distinção como pretexto para manter a fasquia elevada no que respeita ao que chega à mesa mas também à simpatia com que é servido. Para quem as enguias – muito procuradas por estas bandas - não fazem crescer água na boca, há outras fartas opções da cozinha, com estreita ligação ao mar, como é o caso dos ensopados de peixe ou da feijoada de búzios com gambas e ainda diversas carnes grelhadas na brasa.

O Geadas, em Bragança, já é uma referência nacional no que à gastronomia tradicional diz respeito. Com mais de três décadas de portas abertas, regressou às origens no último ano, reformulando a carta e fazendo sobressair o que de melhor a região tem para oferecer. Com apresentações cuidadas, numa sala onde o rio se avista pelas janelas, servem Perdiz com toque Geadas, a tradicional carne mirandesa e ainda lombo de javali com castanhas e batatinhas a murro. Destaca-se também o cordeiro bragançano.

O restaurante O Horta, no centro de Olhão, é uma casa com ambiente familiar e informal, onde várias exposições de arte ajudam à decoração do espaço. A gastronomia regional aqui confecionada pode ser apreciada na esplanada coberta, de frente para a Ria Formosa. Como especialidades apresenta xarém com conquilhas ou amêijoas, feijoada de marisco, arroz de tamboril, açorda de marisco, carne de porco com amêijoas, cataplanas e arroz de marisco. Nas sobremesas, os sabores mantêm-se regionais, com a torta de alfarroba e laranja, batata-doce ou amêndoa, dom rodrigos e delícia do Algarve.